O presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmicas de Mato Grosso (Sindicer MT), José Lavaqui, recebeu na semana passada uma delegação de empresários e diretores da Federação das Indústrias do Acre (Fieac) para explorar as particularidades do setor cerâmico em Mato Grosso.

Ao longo de dois dias, a delegação, que também está associada ao sindicato das indústrias cerâmicas (Sindicer AC) no Acre, teve a oportunidade de visitar várias indústrias, a Cooperativa de Exploração Mineral para Cerâmica e Setores da Construção (Coopemcer), jazidas de argila, o Instituto Senai de Tecnologia (IST MT) e a sede da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt).

Com o objetivo de trocar experiências e adquirir novos conhecimentos, os empresários retornaram ao seu estado natal com uma infinidade de ideias para a implementação de novos projetos.

“Em nossa constante busca por inovação e redução de custos no setor, saímos daqui otimistas para viabilizarmos a implantação de um modelo cooperativo, semelhante ao que vimos em Mato Grosso, que poderia reduzir custos e abordar questões ambientais relacionadas às jazidas”, pontua Márcio Agiolfi, secretário da Fieac e presidente do Sindicer AC.

No início dos anos 2000, após uma crise no setor cerâmico de Mato Grosso, os empresários se uniram para fundar uma cooperativa para a extração de argila, matéria-prima para a fabricação de tijolos e telhas. Esta entidade, a primeira do gênero no país, opera como um projeto ambiental e é considerada uma referência nacional.

“Atualmente, temos 21 empresas associadas e todas compram argila diretamente da cooperativa, que possui uma área operacional de 350 hectares. Tudo é centralizado, licenciado e legalizado, resultando em redução de custos e maior competitividade para nossas indústrias”, afirma José Lavaqui, que também preside a cooperativa.

Janaina Terças, a única mulher à frente de uma cerâmica no Acre, é proprietária da Cerâmica Terças, em Cruzeiro do Sul AC. Durante a da visita, ela destacou que está sempre em busca de novas tecnologias e inovações de processos para implementar em sua indústria.

“Esses foram momentos muito ricos para trocar de experiências e conhecer as novas tecnologias utilizadas pelas indústrias aqui em Mato Grosso. Levo para o Acre muitas percepções e informações valiosas que vão auxiliar a nossa empresa”, conclui Janaina.

Texto e fotos: Eduardo Cardoso