Setor florestal é destacado em uma das dez maiores feiras agropecuárias do Brasil - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

Setor florestal é destacado em uma das dez maiores feiras agropecuárias do Brasil

23/04/2025 - 15h35
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O tema foi abordado pelo presidente do Cipem, Ednei
Blasius

Com público de 70 mil visitantes, 400 expositores e R$ 4 bilhões em negócios, a Norte Show 2025, uma das dez maiores feiras agropecuárias do Brasil, foi palco de debate sobre a importância da produção sustentável de madeira em áreas de reserva legal. O tema foi abordado pelo presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, durante o evento, realizado em Sinop, no médio-norte mato-grossense e um dos polos da produção de grãos no estado.

Com uma atuação destacada em âmbito estadual e nacional em defesa de um setor florestal produtivo responsável e alinhado às boas práticas ambientais, o presidente do Cipem ressaltou o papel do manejo florestal para a sustentabilidade global e o futuro do agronegócio durante sua apresentação com o tema “Madeira Sustentável: O futuro do Mercado”, no encerramento da Norte Show, na quinta-feira (17).

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Aproximadamente 50 espécies de madeiras nativas são
aptas à comercialização em Mato Grosso

O presidente do Cipem, entidade que congrega 520 associados de 8 sindicatos empresariais em Mato Grosso, observou que o manejo florestal sustentável é um meio de proteger a floresta amazônica, assegurando que os recursos florestais estejam disponíveis por tempo indeterminado, respeitando as legislações vigentes e os pilares da sustentabilidade: ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo.

Conforme explicou Blasius, o manejo florestal é uma atividade que gera emprego e renda, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios e regiões onde está inserido. O Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) é uma prática que reúne um conjunto de técnicas de impacto reduzido, respeitando a manutenção do ecossistema, conservando a floresta em pé e toda sua biodiversidade.

De acordo com Blasius, o produtor rural é o principal protagonista da conservação da vegetação nativa em Mato Grosso, uma vez que o manejo florestal sustentável é realizado no estado somente em áreas de reserva legal, em propriedades privadas. “Hoje, o setor de base florestal precisa do produtor rural, assim como o produtor rural precisa do industrial madeireiro, porque é por meio do manejo florestal que podemos conservar 80% da vegetação nativa nas propriedades rurais no bioma amazônico (como prevê a legislação ambiental)”, diz.

Neste sentido, o proprietário de imóvel rural que tenha área disponível e viável opta por realizar o manejo próprio ou vender o manejo por meio de contrato para empresas aptas e regulares nos órgãos ambientais. Uma vez em posse do manejo, o industrial terá o direito de explorar pelo período que durar a Autorização de Exploração Florestal (Autex), que é uma licença emitida pelo órgão ambiental competente.

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Por fim, Blasius chamou atenção para o uso sustentável
de madeira na construção civil

Com potencial para expandir a área total de manejo florestal sustentável dos atuais 5,025 milhões de hectares para 6 milhões de hectares, Mato Grosso detém um amplo mercado para os produtos florestais. No cenário internacional, entre os principais países consumidores estão os Estados Unidos (EUA), China, Índia, França, Bélgica, Holanda, Portugal, República Dominicana, Argentina e Reino Unido. No mercado doméstico, destacam-se as vendas para os estados de São Paulo, Paraná, Ceará, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Mato Grosso do Sul.

Aproximadamente 50 espécies de madeiras nativas são aptas à comercialização em Mato Grosso. Toda venda dos produtos madeireiros é realizada em conformidade com os critérios de rastreabilidade, assegurada por meio do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0) e Documento de Origem Florestal (DOF+), mantidos, respectivamente, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Por fim, Blasius chamou atenção para o uso sustentável de madeira na construção civil. Além de promover a descarbonização do segmento, gera menos resíduos e consome-se menos água e energia no processo.

Texto: Gabriela Carvalho/ Cipem

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