Imprensa de MT se reúne na Fiemt para debater jornalismo de dados - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

Jornalismo de dados conduziu o debate com profissionais da imprensa mato-grossense durante o ‘II Workshop de Jornalismo do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso’ (Sistema Fiemt). O evento ocorreu na manhã deste sábado (24/08), em Cuiabá, e foi organizado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT) com apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi MT) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT);

De acordo com o doutor em ciência política pelo IESP e professor da ESPM, Fabio Vasconcelos, o jornalismo de dados é uma forma de apurar, analisar e contar histórias a partir de dados quantificáveis. “Os dados fazem parte da nossa apuração. Jornalista sempre lidou com dados. O que mudou foi cenário, primeiramente com o processo de digitalização. Depois com a maior produção de informação, com a lei de acesso à informação, os governos abertos e com os softwares de análise de dados”.

Segundo ele, o jornalismo de dados exige competências específicas dos profissionais como entender de estatística, metodologia da ciência social, visualização de dados, saber linguagem de programação e ter narrativa digital. “Dado é a informação crua, informação é o dado com contexto e a representação é a forma de apresentar a informação. Por isso, o trabalho multidisciplinar no jornalismo de dado é tão importante”, afirmou Vasconcelos.

A diretora de negócios e estratégia do jornal Nexo e doutora em Economia, Renata Rizzi, demonstrou como gráfico é um bom recurso no jornalismo de dados. “A gente acredita muito no poder dos gráficos para comunicar, até de uma forma mais gostosa. Nem todos os assuntos são melhores retratados em gráficos, mas sempre que possível os utilizamos. Com os gráficos conseguimos impactar mais e facilita a compreensão da informação”.

Para o jornalista mestre em ciência política pela UFPR, João Frey, o jornalismo de dados ajuda a fugir de “declaracionismo”, ter uma agenda própria, ter insights e garantir notícias em períodos com menos fatos noticiáveis como em recessos parlamentares. “É preciso ter rigor com os dados e confiabilidade dos dados. Também não se pode ser tendenciosos. O jornalismo de dados exige ética profissional”, disse.

A jornalista Cínthya Silva destacou a qualidade do debate. “O que me chamou a atenção é que é preciso tomar muito cuidado com os tipos de gráficos na hora de colocar os dados já que, consciente ou inconscientemente, se pode distorcer a informação”, avaliou.

O presidente do Sistema Fiemt, Gustavo de Oliveira, apresentou o setor de pesquisa do IEL MT e o Observatório da Indústria, responsáveis por coletar dados, realizar estudos e analisar o cenário econômico mato-grossense. “Temos um trabalho muito sólido e queremos mostrar que Mato Grosso está na economia verde, além de discutir o impacto da indústria para dar mais oportunidade aos brasileiros e a agenda necessária para que o setor se desenvolva e gere mais emprego e renda. Defender a indústria é o mesmo que defender o estado e o desenvolvimento socioeconômico”.

O jornalista Tarley Carvalho destacou a relevância do tema do workshop. “É um assunto pelo qual me interesso bastante, inclusive porque sou acadêmico de estatística. Tem um ano que estou buscando me especializar nessa parte de analise de dados. Busco aplicar isso na redação ao mesclar as duas áreas. O Workshop veio somar porque aliou as diferentes realidades que implica nessa nova forma de atuar na profissão. A imprensa do estado está aberta para esse novo momento para levar uma informação mais consolidada, não apenas replicar dados”.


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