É preciso promover a competitividade da indústria de base florestal, destaca diretora da CNI
É preciso promover a competitividade e a viabilidade econômica da indústria de base florestal com a abertura de novos mercados e investimentos em tecnologia e inovação. A afirmação é de Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta sexta-feira (31), durante entrega do Prêmio em Estudos de Economia e Mercado Florestal, realizado em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O objetivo é fomentar pesquisas sobre o tema e desenvolver conhecimento para base de políticas florestais mais efetivas.
Mônica ressaltou que é necessário transformar o mercado florestal em oportunidade de negócio e aproveitar todo o potencial do setor no país. “Para se ter uma ideia, a participação do Brasil no mercado global continua muito pequena, cerca de apenas 3%”, afirmou. “A manutenção e o aumento das áreas cobertas por florestas dependem diretamente do aumento da demanda por produtos de base florestal e da inserção brasileira em mercados internacionais.”
A diretora da CNI elogiou o esforço do governo federal em criar um melhor ambiente de negócios com regras claras e mais segurança jurídica. Entre as iniciativas positivas, na visão de Mônica, estão o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Sistema Nacional de Controle da Origem e dos Produtos Florestais (Sinaflor). “(Esses sistemas) darão mais agilidade e transparência às operações do setor florestal”, disse.
Conforme a secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Maria Pellini, o incentivo à exploração sustentável da floresta é caminho importante para sua conservação. “Com isso, conseguimos até aumentar a cobertura florestal”, declarou. “O mecanismo de comando e controle sozinho não será eficaz.”
INOVAÇÃO – A opinião é compartilhada pelo presidente da Enap, Diogo Godinho. Segundo ele, para se ir além da lógica de comando e controle, é preciso promover inovações tecnológicas e institucionais. “Isso contribuirá para que avancemos em eficiência e produtividade. E aí está a importância do prêmio: incentivar inovações para desenvolver o Brasil em suas vocações agrícolas e ambiental.”
O diretor-geral da SFB, Valdir Colatto, destacou que uma das principais novidades desta edição do prêmio, que foi criado em 2013, está a aplicabilidade do conhecimento para elaboração de políticas públicas. “Vamos transformar esses estudos em projetos e propostas para a sociedade brasileira para se aproveitar melhor o potencial de nossas florestas.”
SAIBA MAIS - Confira os projetos vencedores.