Indústrias mato-grossenses conhecem o caminho para o mercado internacional
“Exportar é um caminho e não um resultado, por isso precisa de planejamento”, destacou a gerente de Serviços de Internacionalização na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sarah Saldanha de Oliveira. Ela participou do “Meet up: bate-papo com o empresário” para apresentar qual rota as indústrias devem cumprir para conseguir o processo de internacionalização. O encontro foi realizado pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), na noite desta terça-feira (21/05), em Cuiabá.
Segundo Sarah, toda empresa pode exportar. “Existia um ministro que dizia: ‘em qualquer lugar do mundo há um comprador querendo seu produto’. Isso é verdadeiro desde que esteja preparado”. De acordo com estudos, em média, uma empresa leva 18 meses para iniciar operação no exterior. Nesse período, ela responderá 72 perguntas relacionadas ao processo como logística, documentação, rotulagem e adequação de embalagem.
“É muito comum que nesse tempo a energia se perca e se aborte a operação de exportação. A minha experiência tem mostrado que empresas que conseguem plano das etapas prioritárias a cumprir e vão seguindo ao longo de um período, possuem mais eficácia nesse processo”. A Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN) possui uma ferramenta para auxiliar as indústrias que desejam entrar no mercado internacional.
“O empresário vai colocar sua demanda e perfil, e nós vamos entregar uma avaliação da maturidade exportadora da empresa, indicando quais são os espaços de melhoria na gestão, logística, marketing e operação. E, a partir disso, elaborar de acordo com o que ela precisa um plano de internacionalização. Esse processo tem um potencial de animar e trazer motivação para as empresas locais, que agora vão ter um plano de voo direcionando quais atividades precisam ser feitas”.
Entre as vantagens de estar no mercado internacional está o aumento do faturamento, redução de risco ao diversificar mercados, menor dependência de sazonalidade e a melhoria nos processos e qualidade dos produtos. Sarah ressaltou que empresas de todos os portes têm espaço no mercado: “a grande tem mais condição de permanecer exportando, mas a pequena quando entra consegue manter a operação muito mais sólida”, garantiu.
A gerente destacou que um dos erros que deve ser evitado pelas empresas é atrelar a comercialização no mercado externo com a sazonalidade do câmbio. “O nosso conselho é para que a empresa se prepare. Se ela está preparada para jogar, o câmbio é só um facilitador. Ele é um dos fatores, não pode ser determinante. O fator de competitividade da empresa no mercado internacional é a sua preparação e planejamento para essa operação. Para isso, a federação e o CIN podem ajudar as indústrias”, finalizou.
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