Mato Grosso registrou 12.495 acidentes de trabalho liquidados, segundo o último Anuário Estatístico de Acidente, lançado no país em 2017. O documento é elaborado pelo Ministério da Fazenda e é o mais completo levantamento sobre o tema. O termo “liquidado” diz respeito aos processos encerrados administrativamente pelo INSS, depois de completados tratamentos e indenizações, ou seja, processos de acidentes que já foram resolvidos pela Previdência Social.

Conforme o anuário, 2.778 dos acidentados precisaram de assistência médica, 6.689 ficaram afastados por menos de 15 dias, 2.766 por mais de 15 dias, 174 com incapacidades permanentes e foram 88 óbitos. Dentre as principais doenças, destaque para três: acidentes típicos devido à própria natureza do trabalho executado; Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho (DORTS), causados, muitas vezes, pela contínua postura inadequada; e, problemas mentais e comportamentais, como depressão e síndrome de burnout.

Diante desse panorama e com foco na redução das doenças ocupacionais e afastamentos, competitividade e produtividade, o Serviço Social da Indústria (SESI MT) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI MT) lançaram neste ano o programa Indústria Produtiva. Na área de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) o SESI vem ao encontro da indústria trazendo cinco serviços que não só melhoram a rotina dos trabalhadores, como refletem em bons resultados para a economia local.

São eles: Assessoria em Avaliação e Desconforto Corporal e Dor, com Diagrama de CORLETT; Assessoria em Ergonomia Organização, com ferramenta de macroergonomia; assessoria em saúde, com controle de atestados médicos para redução de carga tributária das empresas; Assessoria FAP/INTEP; e Diagnóstico de Avaliação da Saúde e Segurança em Trabalhadores da Indústria (ASSTI).

“Nossos serviços são diferenciados porque dão soluções e apresentam medidas para evitar acidentes de trabalho. Isso é bom para o empresário e fundamental também para qualidade de vida destes trabalhadores. Além disso, contamos com equipamentos de última geração, com uma capacidade técnica sem igual, aliada ao alto nível de nossa equipe, que é multidisciplinar e vai conseguir atender as necessidades de cada indústria”, afirmou Gabriela D’ávila Laurito, supervisora de Saúde e Ocupacional do SESI MT.

Outro ponto de vista para adesão ao programa Indústria Produtiva é o financeiro. Hoje, o Governo Federal trabalha com duas alíquotas relacionadas aos acidentes de trabalho, o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o Riscos Ambientais do Trabalho (RAT).

No caso do FAP, as empresas que registrarem maior número de acidentes ou doenças ocupacionais, pagam mais. Por outro lado, há aumento de bonificação das indústrias que registram acidentalidade menor. No caso de nenhum evento de acidente de trabalho, a empresa é bonificada com a redução de 50% da alíquota. “No programa Indústria Produtiva oferecemos serviços que impactam diretamente na redução desses números e, portanto, do pagamento dessas alíquotas. Por isso, consideramos que, hoje, o programa é o mais completo de Mato Grosso, já que age em cada ponto crucial de uma indústria”, destacou Antonio.

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