Ano começa com terceiro recorde na confiança do industrial
A confiança do industrial mato-grossense supera recordes pelo terceiro mês consecutivo, algo inédito desde 2012, quando o índice começou a ser mensurado pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) alcançou 65 pontos em janeiro de 2019, ultrapassando os até então inéditos 61,9 e 63,9 (novembro e dezembro de 2018, respectivamente).
O crescimento em relação ao mês anterior foi impactado pela percepção dos médios e grandes empresários, que chegou a 67,3 pontos, quase dois pontos cima dos 65,4 registrados em dezembro. Nas pequenas empresas, o índice praticamente não variou, ficando em 59,6 pontos.
Já a comparação com janeiro de 2018 evidencia o aumento da confiança entre os empresários de todos os portes, com variação na casa de 7 pontos.
A pesquisa leva em consideração a percepção do empresário em relação às condições atuais, com base em sua experiência nos últimos seis meses, e também nas condições futuras: o que ele espera para os próximos seis meses. Em Mato Grosso, o indicador sobre as condições atuais se caracterizava pelo baixo desempenho e vem se recuperando desde outubro de 2018. Com dois recordes seguidos, chegou a 55,4 pontos neste mês.
Já a perspectiva quanto às condições futuras encosta nos 70 pontos, influenciada principalmente pelos fatores externos à empresa: a economia brasileira e o estado. O presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, alerta para a necessidade de consistência nas medidas propostas pelo governo para o ajuste fiscal e que estão em fase de apreciação pelo Poder Legislativo.
“Sabemos que Mato Grosso acumula um déficit público de R$ 4 bilhões – um dos cinco piores do país. Apoiamos o ajuste fiscal, mas ao mesmo tempo nos preocupa a possibilidade de redução dos incentivos fiscais para a indústria”, alerta. “Em Mato Grosso, os incentivos são ferramenta essencial para a atração de novos investidores, além da manutenção da atividade industrial já existente. No caso do Prodeic, o retorno para os cofres públicos é de R$125 para cada R$100 incentivados. Esperamos que o cenário continue favorável nos próximos meses, para que esse otimismo dos industriais se consolide e se concretize na forma de novos investimentos, contratações, inovação, enfim: geração de riqueza para ajudar a recuperar a economia do nosso estado”, afirma.
Confira aqui a íntegra a pesquisa.