75% dos brasileiros dizem que governo Bolsonaro está no caminho certo, informa pesquisa da CNI
A população está otimista com o governo Jair Bolsonaro. Para 75% dos brasileiros, o presidente eleito e sua equipe estão no caminho certo. Além disso, dois em cada três brasileiros (64%) acreditam que o novo governo será ótimo ou bom. Apenas 14% dizem que será ruim ou péssimo. O otimismo é maior entre os homens e os que têm maior renda familiar. O próximo governo será ótimo ou bom para 69% dos homens e para 72% dos que recebem cinco salários mínimos ou mais. O percentual cai para 61% entre as mulheres e para 58% entre aqueles com renda familiar de até um salário mínimo, informa a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Perspectiva em Relação ao Novo Governo, divulgada nesta quinta-feira, 13 de dezembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O levantamento, feito com 2 mil pessoas em 127 municípios, entre 29 de novembro e 2 de dezembro, mostra ainda que a população aprova as indicações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para compor o governo e as propostas apresentadas pela nova equipe. Entre os brasileiros que se consideram um pouco informados, 55% consideram as indicações para a equipe adequadas ou muito adequadas. O percentual aumenta na medida em que cresce o grau de informação do entrevistado. Entre os que se dizem muito informados sobre as indicações, 77% consideram que as pessoas indicadas para compor o primeiro escalão do governo são adequadas ou muito adequadas.
Entre os que se dizem ao menos um pouco informados sobre as propostas, 75% aprovam os planos apresentados pela equipe de Jair Bolsonaro. O número aumenta para 83% entre os que se consideram informados ou muito informados. A proposta do novo governo mais lembrada é a reforma da Previdência, que foi mencionada por 12% dos entrevistados. Em seguida, com citações de 9% cada, aparecem a liberação da posse ou do porte de armas e o combate à corrupção.
PERSPECTIVAS OTIMISTAS PARA 2019 – As boas perspectivas da população em relação ao novo governo ajudaram a melhorar o otimismo em relação ao futuro: 69% dos entrevistados afirmam que a própria vida vai melhorar ou vai melhorar muito em 2019. Além disso, 66% acreditam que a situação econômica do Brasil vai melhorar ou melhorar muito no ano que vem.
Para os brasileiros, melhorar os serviços de saúde, estimular a criação de empregos, atacar a corrupção, combater a violência e a criminalidade devem ser as prioridades do novo governo. Em primeiro lugar, com 41% das respostas, aparece melhorar os serviços de saúde, em segundo, com 40% de menções, os entrevistados sugerem a geração de empregos e, em terceiro lugar, empatados com 36% das citações estão o combate à corrupção e o combate à violência e à criminalidade. Em seguida, com 33% das respostas, os brasileiros citam a melhoria da qualidade da educação. A soma dos percentuais de resposta é diferente de 100% porque o entrevistado podia escolher até três prioridades.
De acordo com a pesquisa, a população acredita que o novo governo deve melhorar a questão da segurança pública, da corrupção e do desemprego. Em primeiro lugar na lista dos problemas que devem melhorar já no primeiro ano do governo aparece a segurança pública, com 43% das menções. Em seguida, com os brasileiros citam a corrupção (37% das respostas) e o desemprego, com 36% das assinalações.
AVALIAÇÃO POSITIVA SOBRE O SESI E O SENAI – Outra pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, da CNI, mostra que quanto mais os brasileiros conhecem mais aprovam a atuação do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Entre os entrevistados que afirmam conhecer bem as instituições, 94% consideram o SENAI ótimo ou bom e 93% afirmam o mesmo em relação ao SESI.
As entidades do Sistema Indústria são bastante conhecidas pela população. Mais de oito em cada 10 brasileiros conhecem o SENAI (87%) e o SESI (82%) ainda que apenas de ouvir falar. Outras instituições do chamado Sistema S também possuem alto grau de conhecimento: 89% conhecem o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 85%, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e 80%, o Serviço Social do Comércio (Sesc).
As avaliações são melhores quanto maior o conhecimento que o entrevistado diz ter sobre as instituição vinculadas à indústria. Em toda a população, 69% avaliam o SENAI como ótimo ou bom, e 59% têm a mesma percepção sobre o SESI. Entre aqueles que afirmam conhecê-las “mais ou menos”, o percentual de ótimo e bom é 79% em relação ao SENAI e de 76% ao SESI. Os índices atingem 94% e 93% entre os respondentes que dizem conhecer bem as organizações.
Os brasileiros relacionam o SENAI principalmente a educação profissional quando solicitados a falar a primeira palavra que lhes vêm à mente em relação à instituição. As palavras relacionadas a cursos, formação profissional e aperfeiçoamento foram citadas por 21% dos entrevistados, enquanto palavras ligadas a ensino e escola de forma geral foram citadas por 16%. De forma agregada, as palavras vinculadas a educação são 37% do total.
O SENAI é um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo e o maior da América Latina. Seus cursos preparam trabalhadores para 28 áreas da indústria brasileira, desde a iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica. Desde 1942, quando iniciou suas atividades, já formou mais de 73 milhões de trabalhadores. Apenas em 2017, a entidade realizou 2,3 milhões de matrículas.
O SESI, por sua vez, é lembrado por educação, oportunidade e lazer. Entre os entrevistados, 11% relacionaram a instituição a educação e escola; 9% a curso, capacitação ou aperfeiçoamento; 7% a emprego e melhor oportunidade e 4% o associam a lazer, esporte e cultura.
A instituição oferece uma educação de excelência voltada para o mundo do trabalho e serviços de segurança e saúde no trabalho a indústrias de todo o país. Em 2017, foram realizadas cerca de 1,6 milhão de matrículas em educação básica regular, educação continuada e educação de jovens e adultos a trabalhadores e dependentes. Mais de 50 mil indústrias foram atendidas com programas de segurança e saúde no trabalho que beneficiaram 4 milhões de pessoas.
TEMER ENCERRA MANDATO COM BAIXA POPULARIDADE – A CNI também divulgou nesta quinta-feira, 13 de dezembro, a pesquisa CNI-Ibope. O levantamento trimestral mostra que, mesmo com a leve melhora registrada neste mês, o presidente Michel Temer encerra seu governo com baixa popularidade. “O percentual dos que avaliam seu governo como ótimo ou bom tem se mantido praticamente inalterado desde julho de 2017”, diz a pesquisa. O número de pessoas que considera o governo ruim ou péssimo caiu de 82% em setembro para 74% agora. Os que avaliam o governo como ótimo ou bom subiu de 2% para 5%.
O número de brasileiros que aprovam a maneira de governar de Temer subiu de 6% em setembro para 9% em dezembro e o dos que desaprovam caiu de 92% para 85%. O percentual dos que confiam no presidente Michel Temer permanece no patamar de 90%, desde setembro de 2017.
A avaliação do governo Temer é pior entre as pessoas com renda familiar mais elevada. Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, apenas 1% avalia o governo como ótimo ou bom, 4% confiam no presidente e 7% aprovam sua maneira de governar. A avaliação também é pior nos municípios de maior porte. Entre os entrevistados que vivem em municípios com mais de 100 mil habitantes, 76% avaliam o governo como ruim ou péssimo. O percentual cai para 72% entre os que moram em cidades que têm entre 50 mil e 100 mil habitantes.
Esta edição da pesquisa CNI-Ibope ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil