Geração de empregos aponta reaquecimento da economia em Mato Grosso
O saldo de empregos no mês de outubro em Mato Grosso indica o início da consolidação do processo de recuperação da economia. De acordo com o primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, a percepção do empresário é de que a crise está finalmente se dissipando e o cenário começa a se mostrar mais otimista. Ele destaca números positivos para Mato Grosso sob três aspectos do resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente a outubro de 2018.
O primeiro se refere ao saldo de admissões geral do Estado no mês, que chegou a 1895 vagas – quase seis vezes o saldo de outubro do ano passado, de 325 empregos. “O grande destaque é o comércio, que teve saldo positivo de 1402 contratações, e o setor de serviços, com mais 702. Isso quer dizer que a recuperação econômica em outubro está chegando ao fim da cadeia produtiva, o que é impulsionado também pelo tradicional movimento na contratação de comércio e serviços para as atividades de fim ano, intensificada pelos festejos natalinos”, avalia Oliveira.
Considerando o saldo acumulado de janeiro a outubro, foram 31.371 empregos em 2017 – número que saltou quase 26% em 2018, alcançando 39.442 vagas. “Também neste indicador percebermos saldos positivos em todos os setores, o que é muito importante, porque reflete uma retomada geral da atividade econômica. A única exceção foi um segmento industrial, ‘Borracha, fumos e couros’, cuja performance é bastante restrita no Estado. No aspecto geral, a contratação segue em ritmo mais intenso do que nos 10 primeiros meses do ano passado”, destaca.
Por fim, quando se avalia o resultado acumulado dos últimos 12 meses, os números são ainda mais significativos. Oliveira lembra que isso se deve parcialmente ao fato que, no ano passado, esse dado incluía os últimos meses de 2016, um período muito difícil para a economia. “À época, tínhamos 1.897 empregos gerados em 12 meses, enquanto em 2018 chegamos a 23.695 – novamente com destaque para o setor de comércio e serviços, que contratou bastante, e também para a indústria, que apresentou saldo positivo em quase todos os segmentos, com exceção apenas do segmento de borracha, fumos e couros.”
A percepção do cenário mais otimista vem ao encontro dos resultados de outros indicadores recentes, como a pesquisa Índice de Confiança do Empresário da Indústria (Icei), realizada mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com as federações estaduais, que na edição de novembro, divulgada hoje, alcançou o melhor resultado dos últimos oito anos no país. Dados como o aumento no consumo de energia e na arrecadação de tributos estaduais também apontam para a retomada da atividade econômica no Estado.