No geral, o setor de base florestal de Mato Grosso obteve incremento de 32% nas vendas para o mercado internacional no último mês, ante julho de 2020. Os dados foram levantados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (CIN/Fiemt) na plataforma online (ComexStat) disponibilizada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O comércio de produtos do complexo madeira, originários de Mato Grosso, movimentou US$ 9,7 milhões no mês passado, com os embarques para outros países.

Dentre os itens exportados, a madeira em bruto apresentou o maior crescimento nas vendas externas (73%) e totalizou US$ 1,8 milhão no período.

O aumento da demanda estrangeira pelos produtos madeireiros é consequência da utilização alternativa de madeiras, as quais são mais sustentáveis, sem estruturas de construção civil no lugar de, por exemplo, estruturas de aço ou ferro, explica o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Rafael Mason.

De acordo com Mason, a utilização de madeira em construções fora do Brasil é uma tendência mundial que contribui para valorização deste produto, assim como a busca por inovação nesse ramo. Além disso, o tipo de madeira produzida no país se diferencia de outras madeiras, o que gera procura por esse material por países da Europa e pelos Estados Unidos (EUA).

Em Mato Grosso, 98% da madeira exportada provém de áreas de manejo florestal sustentável, afirma o presidente do Cipem. Outro ponto de destaque está relacionado com o mercado interno e o uso da madeira. O Brasil está investindo na utilização desse material em construções, o que auxilia na geração de trabalho direto e indireto. Existem também os subprodutos feitos da madeira, itens responsáveis pelo impulsionamento do setor para o mundo. Produzir em conformidade com as normas aumenta a credibilidade desse setor industrial e seus produtos fora do país, pondera Mason. "O setor de base florestal está alinhado com os padrões internacionais, respeitando as legislações".

Texto: Silvana Bazani/Jornal A Gazeta.