Aumenta em 1.558% a importação de metal por indústrias de Mato Grosso
Indústrias de Mato Grosso elevaram em 1.558% as importações de artefatos e artigos de metal no último mês, em comparação com julho de 2020. Desde o ano passado, as empresas intensificaram a compra desses produtos de fornecedores estrangeiros, revela diagnóstico realizado pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN).
Principal motivo para a busca desses itens fora do país está na escalada de preços no mercado nacional. Nos últimos 12 meses, a barra de aço encareceu 204,13%, segundo levantamento realizado em julho pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon).
“No início da pandemia tivemos uma desaceleração na produção de aço. Isso fez os estoques ficarem baixos, com a venda ocorrendo para o setor da construção, que usa muito nas estruturas. Houve alta de preços. Depois, o aumento (da cotação) do dólar também encareceu a matéria-prima”, comenta o supervisor do CIN/Fiemt, Antônio Lorenzzi. De acordo com ele, a demanda por artigos de metal continua forte e a oferta baixa. “Os preços vinham tendo reajustes semanais, mas agora as altas estão mensais”, arremata.
No ramo da construção, o Grupo Echer importou aço, informa o empresário e diretor do Sinduscon, Fausto Echer. “Chegou no mês passado, 40% mais barato do que comprar no Brasil”, compara. “O monopólio nacional fez com que as empresas fizessem esse movimento. Foi a solução encontrada e que deve continuar em 2022. Com o aumento da demanda por material, os fornecedores não conseguiam atender e, consequentemente, aumentaram os preços. Lei da oferta e da procura”, resume Echer.
“Qualquer reajuste de preço que tenha ocorrido no varejo neste período foi decorrente de reajustes nas indústrias”, justifica o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais para Construção (Acomac) e diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção, Elétrica, Hidráulica, Louças, Tintas, Ferragens e Vidraçaria do Estado de Mato Grosso (Sindcomac/MT), Paulo Esteves.
Texto: Silvana Bazani/Jornal A Gazeta.