Manejo florestal sustentável praticado em Mato Grosso é destaque na COP-26
As atividades de manejo florestal desenvolvidas em Mato Grosso foram destacadas durante painel realizado na terça-feira (09) durante a Conferência do Clima (COP-26), que ocorre em Glasgow, na Escócia. Atualmente, o estado possui quase cinco milhões de hectares em manejo sustentável.
Os números e dados do modelo praticado no Brasil e no estado de Mato Grosso foram demonstradas por meio de um vídeo produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), e com apoio Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem).
No filme, apresentado durante programação especial denominada “Dia da Indústria”, o presidente do FNBF, Frank Rogieri, ressalta a dimensão de área protegida existente no estado de Mato Grosso e os trabalhos que estão sendo realizados para que ela seja ampliada, chegando a 6 milhões de hectares nos próximos anos.
“Essa participação na COP26 é muito importante para esclarecer ao mundo a relevância dos trabalhos desenvolvidos pelo setor de base florestal para garantir a manutenção e equilíbrio das florestas. O nosso setor sobrevive da floresta viva, produtiva, em pé, e isso é possível através do manejo florestal sustentável”, afirma Rogieri.
O manejo florestal sustentável garante a conservação do meio ambiente e da biodiversidade e contribui para o sequestro de carbono, diminuindo os impactos do efeito estufa. Além disso, auxilia na redução das queimadas e do desmatamento ilegal e na geração de emprego para as populações locais. Atualmente, quase 600 mil pessoas trabalham com o manejo no Brasil.
A técnica consiste na retirada de árvores maduras, que estocam grandes volumes de carbono em sua biomassa, evitando que essas árvores morram e se tornem fontes de emissão de carbono.
“Quando a árvore é jovem, ela ajuda no sequestro de carbono. Ela tira gás carbônico da atmosfera e transforma em oxigênio, através do processo de fotossíntese. Quando ela fica velha e morre, faz o processo inverso, liberando gás carbônico na atmosfera. Então, por meio do manejo florestal, garantimos a renovação e proteção da floresta”, explica o presidente do FNBF.
Todo o processo de manejo florestal é monitorado por satélites e atende às regras estabelecidas pelo código florestal brasileiro, como a que permite a retirada de apenas 8 árvores maduras em uma área equivalente a um campo de futebol.
Depois que o plano é executado, a área é isolada para que as árvores que foram retiradas deem espaço a uma nova vegetação, garantindo assim a renovação da cobertura vegetal e a manutenção da biodiversidade.
“Temos que combater a extração ilegal de madeira, mas, por outro lado, precisamos fomentar os empresários e pequenos produtores que tiram o sustento de suas famílias da floresta e, além de tudo, prestam um grande serviço para o mundo”, defende Frank Rogieri.
Fiemt na COP-26
No mesmo dia, durante a programação da COP-26, o modelo de produção sustentável da indústria mato-grossense o presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, apresentou o case da indústria Plastibras, que recicla embalagens de defensivos agrícolas transformando-as em dutos corrugados que são utilizados em larga escala em obras de infraestrutura, nos setores de energia elétrica, telecomunicações e edificações comerciais e residenciais.
FNBF
O Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) é uma entidade representativa de abrangência nacional, criada para defender e representar todo o setor relacionado à atividade florestal no Brasil. Atualmente, o Fórum é composto por 24 entidades, sediadas no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rondônia e Roraima.
Assista ao filme exibido na COP-26.
Texto: Assessoria FNBF e Fiemt