Assim como em outras doenças, na gripe os vírus sofrem mutações e os imunizantes precisam se adaptar. Todo ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) realiza estudos para identificar quais são as variantes mais prevalentes em cada região do mundo, e com base nessa pesquisa determina a composição das vacinas para o ano seguinte. 

Atualmente, no Brasil estão disponíveis duas vacinas contra a gripe (Influenza): a trivalente e a quadrivalente (tetravalente). Mas você sabe a diferença entre elas? O médico do Trabalho do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), Ediney Espínola, explica que a trivalente protege contra três tipos de vírus que causam gripe: H1N1, H3N2, do subtipo Darwin, e a cepa B. Já a quadrivalente protege contra quatro tipos de vírus, sendo duas cepas da linhagem A (H1N1 e H3N2) e duas da linhagem B (Victoria e Yamagata). 

Segundo o médico, ambas vacinas são recomendadas, igualmente eficazes e de grande importância na redução de casos graves causados pelo vírus Influenza. Nos postos de saúde estão disponíveis o imunizante do tipo trivalente. Já a quadrivalente, assim como a trivalente, pode ser encontrada em redes particulares e clínicas de vacinação, como o Sesi MT, que disponibiliza o serviço para indústrias e empresas de todos os portes que queiram aderir à campanha de vacinação.

A vacina oferecida pelo Sesi MT é atualizada para combater as variantes que mais circulam no país. Isso significa que os trabalhadores que receberem as doses do imunizante em 2022 estarão protegidos contra as principais mutações do vírus.

“Vale ressaltar que a vacina contra a Influenza deve ser tomada anualmente. O vírus sofre alterações ao longo dos anos, ou seja, a vacina da gripe que você tomou no ano anterior pode não servir contra o vírus do ano seguinte. Além disso, a proteção conferida pela vacina dura, em média, doze meses”.

Indicação 

O objetivo da vacina é de proteger seu sistema imunológico, permitindo que ele produza anticorpos para seu organismo lutar contra ataques de agentes infecciosos. “Ela é produzida com vírus inativados e fragmentados, portanto, é impossível causar gripe e podem ser aplicadas em bebês a partir de seis meses, gestantes em qualquer fase da gravidez e para adultos sem limite de idade”.  

Com relação a efeitos colaterais, Espínola destaca que as vacinas contra gripe são muito bem toleradas, porém, algumas pessoas podem apresentar dores no local da aplicação. “Além disso, não pode ser aplicada em pessoas que tenham alergia severa à proteína do ovo. Também não pode ser aplicada em caso de febre no dia da aplicação ou de doença neurológica em atividade”.

Vacinação durante a pandemia 

É seguro se vacinar contra Influenza durante a pandemia do novo coronavírus? A supervisora de Saúde Ocupacional do Sesi MT, Gabriela D’ávila Laurito, afirma que além de ser seguro, é o recomendado. “Ao tomá-la, o indivíduo previne uma doença que pode ser evitada pela vacinação e reduz a necessidade de ida aos hospitais já superlotados com os casos de Covid-19”. 

Ela alerta que a pessoa pode tomar a vacina da gripe depois de receber o imunizante contra a Covid-19. “Desde setembro de 2021, o Ministério da Saúde eliminou o intervalo entre as vacinas, porém para as pessoas que tiveram Covid-19, é necessário aguardar 30 dias após o início dos sintomas para realizar a aplicação do imunizante”. 

Ao se vacinar contra a gripe você poderá evitar as complicações que podem ocorrer ao se ter uma infecção causada pelo vírus da Influenza. Além disso, estará protegendo a si mesmo e às pessoas que estão ao seu redor, diminuindo a disseminação do vírus.  

Saiba mais sobre a campanha de vacinação do Sesi MT - CLIQUE AQUI