Agroindústria representa cerca de 40% dos empregos gerados no agronegócio mato-grossense
A agroindústria de Mato Grosso é responsável por gerar mais de 75 mil empregos no ano. O setor representa quase 40% do total de vagas ocupadas no agronegócio do Estado. Dados do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) mostram que os empregos são gerados por 2,5 mil estabelecimentos agroindustriais.
Destacam-se os mais variados subsetores, tais como: abate e preparação de carne e pescado; laticínios; açúcar; fabricação de biocombustíveis; bebidas; fabricação de produtos de madeiras; entre outros.
Os números, que consideram os dados de 2020, atestam a importância da agroindústria mato-grossense para a economia estadual, pontuando crescimento no decorrer dos anos. A participação da agroindústria de Mato Grosso na quantidade de empregos gerados em todo o país passou de 2,46% em 2019 para 2,51% em 2020.
“A indústria de Mato Grosso vem crescendo ao longo dos anos e tem potencial para expandir muito mais. Temos a disposição de matéria prima, principalmente na produção de grãos e carnes e biocombustíveis”, destaca o presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira. Ele pontua ainda que o bom desempenho da economia é relacionado principalmente a indústria alimentícia, que detém mais de 70% de participação no setor.
“Estamos aumentando a capacidade de produção e, consequentemente gerando mais empregos”, acrescentou Gustavo. Um levantamento divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a produção industrial de Mato Grosso tem se destacado nacionalmente com crescimento de 25,6% em julho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado; de 23,2 no acumulado de janeiro a julho deste ano e de 3,7% em relação entre os meses de junho e julho.
Força de trabalho
A disponibilidade de vagas de trabalho esbarra na falta de mão de obra qualificada. O documento ‘Prioridades da Indústria Mato Grosso – 2023/2026’ feito pela Fiemt apontou que o Estado entra em uma situação de ‘pleno emprego’, em que há mais vagas ofertadas do que candidatos disponíveis. O trabalhador ativo, nesse caso, pode escolher onde quer trabalhar.
Nesse cenário, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) tem trabalhado para qualificar esses trabalhadores e suprir a demanda da indústria. O Mapa do Trabalho divulgado em maio de 2022 pelo Senai expõe essa necessidade de qualificação de mão de obra e a alta demanda de algumas áreas por mão obra.
Na divulgação realizada é exposto que até 2025 Mato Grosso precisará qualificar 178 mil trabalhadores para atividades industriais e, dentre os setores com as maiores demandas destaque para as áreas Transversais (33.248), Metalomecânica (32.654) e Logística e Transporte (28.123).
Texto: Vívian Lessa |Fiemt