Mato Grosso tem as soluções que o mundo precisa para alimentos e energia, diz presidente da Fiemt
O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e o potencial para ser um dos poucos países a alcançar a neutralidade de emissão de carbono até 2050. O país pode se tornar o principal líder global da economia verde. E Mato Grosso deve ter destaque neste cenário.
Presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, afirma que Mato Grosso tem a solução que o mundo procura para a produção de alimentos de forma sustentável e geração de energias (eletricidade e combustíveis) renováveis, com baixa emissão de carbono.
“A janela de oportunidade está aberta à nossa frente, o mundo vive uma crise energética e está priorizando as fontes renováveis para substituir os combustíveis de origem fósseis, como o petróleo o carvão. Já temos notícia de que haverá racionamento de energia no inverno em países da Europa. Nós temos soluções aqui que o mundo precisa para energia e alimentos. Temos campos de milho e cana-de-açúcar que se transformam em bioenergia, temos energia de usinas hidrelétricas e solar, sem falar da nossa capacidade para fornecer alimentos. Nenhum outro país tem o potencial do Brasil nestas áreas de alimentos e energia”, afirmou.
Ele ressalta que esta agenda não é apenas de sustentabilidade, mas sobretudo econômica. As turbulências provocadas pela pandemia e pela Guerra na Ucrânia provocaram disparada nos preços do petróleo, evidenciando a limitação e risco dessa dependência energética, ao mesmo tempo mostrando a necessidade de acelerar o desenvolvimento de fontes alternativas de energia.
Para o presidente da Fiemt, a indústria é parte relevante de uma agenda positiva de retomada do desenvolvimento sustentável do Brasil, capaz de dinamizar um ciclo virtuoso de geração de emprego e renda em direção a uma economia de baixo carbono.
COP27: Indústria brasileira apresentará estratégias e soluções para crise climática
A Federação das Indústrias de Mato Grosso integrará delegação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, que acontece em novembro, no Egito. O setor industrial vai apresentar a estratégia de sustentabilidade que tem contribuído para o Brasil avançar em direção a uma economia de baixo carbono, orientada por tecnologias limpas e processos produtivos mais eficientes, mostrando iniciativas concretas para enfrentar a crise climática global.
No dia 16 de novembro, às 14h, Gustavo de Oliveira irá fazer a mediação de um painel no Brazilian Industry Day, evento organizado pela CNI no qual serão debatidos os pilares da economia de baixo carbono para a indústria: transição energética, precificação do carbono, economia circular e conservação das florestas.
Vice-presidente da Fiemt e presidente da Associação dos Produtores de Biocombustíveis de Mato Grosso, Silvio Rangel, foi convidado pelo Ministério do Meio Ambiente para ser painelista no evento “Perspectivas para a bioenergia no Brasil”, que acontece no dia 11 de novembro, às 15h, no espaço Brasil da COP.
Os dois participarão também participarão de outras agendas e mesas temáticas junto com a CNI, Ministérios do Meio Ambiente e Relações Exteriores e Governo de Mato Grosso.