Desafios na gestão de recursos hídricos são tema de debate na Fiemt
Os impactos sociais, econômicos e ambientais na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Cuiabá foram temas de debate realizado na sede do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) nesta sexta-feira (14.07). Um diagnóstico, panorama técnico e os principais pontos para construção de um plano de ação foram apresentados pelos profissionais.
Superintendente da Fiemt, Fernanda Campos ressaltou que trabalhar com sustentabilidade é premissa básica para as empresas hoje e que o Sistema Fiemt apoia de forma transversal as indústrias na construção estratégica de práticas ESG. “A água faz parte do processo produtivo de grande parte das indústrias e por isso é um tema importante para nós. Que a partir daqui, desse diagnóstico, possamos ter um plano de ação para a adoção do uso mais sustentável desse recurso”, reforçou.
A iniciativa é organizada pelo Núcleo ESG do Sistema Fiemt, pelo Conselho Temático de Meio Ambiente (Contema), pelo Comitê de Bacia Hidrográfica de Cuiabá (CBH Cuiabá) e raelizada em parceria com o Instituto Ação Verde, Sindienergia, Sistema Famato e Aprosoja.
“O setor produtivo tem uma responsabilidade muito grande com a água que é fundamental, não só pra produção agrícola, mas pra todos nós. A Aprosoja desde a sua fundação tem uma comissão de sustentabilidade e nós precisamos demonstrar o quando nós desenvolvemos a agricultura do estado e fazemos de forma responsável. Muitos têm a ideia de que o produtor rural só degrada ou só usufrui, mas temos inúmeras ações que temos que demonstrar tudo temos feito”, reforça a gerente de Sustentabilidade da Aprosoja, Marlene Lima.
Durante o evento, o diretor executivo do Instituto Ação Verde, Álvaro Leite, apresentou as inciativas de preservação, conservação e uso da água do setor produtivo na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Cuiabá, o Projeto Verde Rio que desenvolveu ações de 2009 a 2019 como seminários, palestras, audiências públicas, intervenção e cadastro socioeconômico e ambiental das propriedades ribeirinhas da Comunidade Barranco Alto.
“Nós implantamos mais de 80 mil mudas por ano e foram produzidas mais 450 mil mudas. Monitoramos 650 hectares e 194 propriedades, foram mais de 1.200 visitas orientativas com objetivo de reduzir a degradação e melhorar a qualidade das bacias. Desenvolvemos projetos relevantes e por isso, queremos que todos saibam do trabalho realizado aqui”, comenta Álvaro.
Entre os pontos de atenção apresentados pelo engenheiro sanitarista, mestre em engenharia de edificações e ambiental, José Álvaro, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Saneamento Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (Niesa/ UFMT), nas sub-bacias hidrográficas estão a prática de turismo, lazer aquático, psicultura, produção agrícola e a indústria.
“Estamos nessa fase de conclusão do diagnóstico e estamos aguardando a validação da revisão do grupo de acompanhamento e já estamos trabalhando no prognóstico com um plano de ações que terá programas, projetos e ações que serão necessárias pra que a gente possa garantir dentro do prazo que será estabelecido a melhor sustentabilidade possível das nossas regiões hidrográficas”, reforça Álvaro.
Texto e foto: Amanda Simeone