Indústria de Mato Grosso registra saldo positivo na geração de empregos formais
A indústria de Mato Grosso foi um dos setores que mais contribuiu para o saldo positivo na geração de empregos em todo o estado no mês de julho. Informações copiladas pelo Observatório da Indústria do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que foi registrado saldo de 6.214 empregos formais.
Do total observado em julho, 1.578 empregos formais foram gerados pela indústria, sendo 51% da atividade de reparação e fiação de fibras de algodão, com 799 vagas; e 36% empregos gerados pelas indústrias de abate e fabricação de carne. Em comparação com o período anterior, quando foram gerados 1,202 empregos formais, a indústria foi responsável por 31,28%. Além da indústria, a agropecuária gerou 1.991 empregos formais; serviços, com 1.190; da construção, 921; e o setor do comércio, com 534.
O presidente da Fiemt, Silvio Rangel, acredita que o bom desempenho do setor industrial é reflexo dos investimentos empresariais observados no estado. Conforme ele, a indústria mato-grossense é uma das que mais cresce em todo o país. Levantamento da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pontua um crescimento de 10,5% na produção industrial do estado.
Sobre o setor de algodão, a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário, Têxteis, de Fiação e Tecelagem do Estado de Mato Grosso (Sinvest/MT), Cristina Margonato, acrescenta que o estado é o maior produtor da matéria prima no Brasil. “Aproveitando disso, a indústria de fiação obtém ótimos resultados”.
No entanto, ela destaca que alguns impasses que dificultam o crescimento do setor, como a distância dos grandes centros consumidores. “É por isso que precisamos dos incentivos fiscais para estimular a indústria, não devemos parar apenas na produção da matéria-prima, mas devemos fechar toda a cadeia produtiva do vestuário, com o algodão, fiação, tecelagem, tinturaria e confecção. Estamos perdendo a oportunidade de promover uma grande industrialização em Mato Grosso”, concluiu.
Texto: Vívian Lessa