Presidente da Fiemt destaca papel crucial da indústria no novo ciclo de crescimento do estado
A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) celebra 48 anos de atuação marcada pelo compromisso com o desenvolvimento industrial do estado. Durante a 10ª Reunião Ordinária de Diretoria da instituição, realizada nesta sexta-feira (24), o presidente da instituição, Silvio Rangel, destacou que o novo ciclo de desenvolvimento de Mato Grosso está intrinsecamente ligado à industrialização.
Este marco não apenas comemora o legado de contribuições, mas também ressalta a visão proativa na moldagem do horizonte econômico do estado. “Desde sua fundação, a Fiemt tem desempenhado um papel fundamental, como catalisadora de mudanças significativas, representando a indústria, fomentando seu crescimento e fortalecendo a sustentabilidade. A capacidade de processar e transformar as abundantes matérias-primas produzidas no estado torna-se imperativa para impulsionar o progresso econômico”, pontuou.
Historicamente ancorada na agropecuária, a economia mato-grossense, com ênfase na produção de soja, milho, carne e outros produtos, está diante de uma virada histórica. Segundo estudo da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a indústria emerge como uma alavancagem econômica, gerando R$ 2,32 para a economia brasileira a cada real produzido.
Com o setor agropecuário representando 29% do PIB e a indústria respondendo por 17%, Mato Grosso apresenta um cenário propício para a expansão desse novo ciclo de desenvolvimento. “Esse caminho não apenas impulsiona as empresas, mas também promove a estabilidade econômica a longo prazo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos mato-grossenses”.
Comparativamente, Mato Grosso se destaca em relação ao Brasil, onde a agropecuária representa 7% do PIB e a indústria, 23%. O estado emerge como uma fronteira promissora de oportunidades, sendo um polo atraente para investimentos industriais.
Além dos impactos econômicos, segundo o presidente, a indústria desempenha um papel vital na criação de empregos formais e de qualidade. Do operador de máquinas ao engenheiro e profissional de pesquisa e desenvolvimento, o setor industrial oferece oportunidades em diversos níveis, contribuindo para a redução do desemprego e o aumento da renda média dos trabalhadores.
"Enquanto o país enfrenta uma estagnação industrial, Mato Grosso desafia essa tendência, mantendo um notável ritmo de crescimento. Esse progresso não é apenas resultado de palavras, mas sim de ações concretas de pessoas que se empenham a empreender e investir no futuro industrial do estado", avaliou.
Fiemt concede Mérito Industrial para três empresários que contribuem para o desenvolvimento de MT
Relatório de Gestão
No evento, Silvio Rangel apresentou um amplo balanço do primeiro ano à frente do Sistema Fiemt, destacando 12 marcos do planejamento estratégico apresentado no início da sua gestão. Ele como ressaltou o fortalecimento de conselhos temáticos, a colaboração com sindicatos na resolução de demandas industriais e efetivação com o Poder Executivo Estadual em defesa da indústria. Ele enfatizou que foram monitorados quase 250 projetos, emitidas 17 notas técnicas e realizadas oito arquivamentos de materiais.
Em 2023, o Sitema e parceiros conduziam empresários a destinos estratégicos, como Israel, Dubai, China e índia, para promover a transferência de tecnologia, expansão de mercados, aquisição de máquinas e equipamentos e explorar novas oportunidades de mercado.
No contexto desse relato, Rangel enfatizou a atuação decisiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT), do Serviço Social da Indústria (Sesi MT) e do Instituto Evaldo Lodi (IEL MT), unificados no propósito de fortalecer a indústria, promover a educação e a formação profissional, garantir a saúde, a segurança e contribuir para o desenvolvimento econômico e tecnológico de Mato Grosso.
“Neste contexto, temos a expansão do IEL, agora em 12 unidades do Senai, focado em oferecer soluções para empresas, estimular a empregabilidade e criar oportunidades no mercado de trabalho. Os atendimentos do Sesi alcançaram mais de 40 mil trabalhadores e 950 empresas, enquanto o Senai reafirmou seu compromisso estratégico com as demandas das agroindústrias”, finalizou.
Texto: Viviane Saggin