Mato Grosso exporta produtos florestais com rastreabilidade para 61 países em 5 continentes
Sessenta e um países em 5 continentes são compradores de produtos florestais de Mato Grosso. A madeira tropical obtida de áreas de Manejo Florestal Sustentável (MFS), rastreada e certificada, é embarcada para mercados consumidores na América, África, Ásia, Europa e Oceania.
Os compradores internacionais que adquiriram produtos florestais de 46 espécies arbóreas, identificadas e autorizadas no Estado por órgãos ambientais, movimentaram US$ 120 milhões em 2023, conforme estatísticas do comércio exterior. Neste período, destacam-se negociações realizadas pelos industriais mato-grossenses com os Estados Unidos (US$ 19,4 milhões), Índia (US$ 17,8 milhões), França (U$S 13,6 milhões) e China (US$ 8,6 milhões).
Somente em janeiro de 2024, o comércio internacional de madeira nativa movimentou US$ 6 milhões. Deste valor, as vendas externas de produtos florestais para Índia e China agregaram US$ 1,6 milhão e US$ 478 mil, respectivamente. Sobressaem, ainda, neste período, as exportações para os Estados Unidos (US$ 1,6 milhão) e França (US$ 934,2 mil).
Os “dois gigantes” na Ásia são importantes consumidores dos produtos florestais, diz o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras do Estado de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius.
Para estreitar relações comerciais e ampliar ainda mais as vendas externas, 700 industriais do setor florestal de 37 países, incluindo do Brasil, participaram em 2023 do Fórum Global sobre Madeira Legal e Sustentável (GLSTF) em Macau, na China. "Este foi um passo significativo, e durante nossa gestão no Cipem, continuaremos a trabalhar para fortalecer e ampliar o mercado nacional e internacional. Novas missões empresariais estão programadas no 2º semestre deste ano, incluindo com destino à França", afirmou Blasius.
Sem perder o foco do mercado nacional, o Cipem e o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) realizam no dia 15 de março, no Rio de Janeiro (RJ), a 2ª edição do evento Madeira Sustentável: O futuro do mercado”.
Entre os estados brasileiros exportadores, Mato Grosso ocupa a 4ª posição no ranking nacional. É responsável por 2,29% das vendas externas de madeira no Brasil e por 98% na região Centro-Oeste do país. As indústrias mato-grossenses embarcaram no ano passado 190,6 mil toneladas de madeira bruta, serrada e perfilada, que abrange variedades de baixa, média e alta densidade, atestando a qualidade da madeira tropical proveniente das áreas manejadas.
Ampla variabilidade de tonalidades agrega ainda mais valor à produção florestal mato-grossense. A colorimetria da madeira tropical identifica cerca de 25 tons, variando entre matizes de branco, bege, amarelo, marrom, vermelho, rosa e verde-oliva.
Angelim, angelim-pedra, cambará, cedrão, cedrinho, faveiro, garapeira, ipê, itaúba e jatobá são algumas espécies comercializadas por indústrias madeireiras de Mato Grosso com o mercado doméstico e internacional.
Atualmente a produção anual do setor de base florestal no Estado alcança 7 milhões de metros cúbicos (m3) de madeira tropical, proveniente de área total de 4,7 milhões de hectares de manejo florestal sustentável, conforme inventário florestal. Há potencial para abarcar 6 milhões (ha) de PMFS com a incorporação de novas áreas no território mato-grossense.
Contribuição socioeconômica e ambiental – a atividade de base florestal favorece o desenvolvimento sustentável com a conservação da vegetação nativa, promovendo a captura de carbono da atmosfera e mitigando efeitos das mudanças climáticas. Possibilita, ainda, a geração de emprego e renda para as comunidades locais. Em Mato Grosso, este segmento econômico gera 11.236 empregos diretos e indiretos, incluindo a fabricação de produtos de madeira e de móveis, se posicionando em 4º lugar na geração de empregos entre as indústrias de transformação do Estado.
Além da importância socioeconômica regional, a produção de madeira sustentável contribui com a arrecadação de impostos. O setor de base florestal recolheu R$ 66,2 milhões aos cofres do governo estadual em 2022.
Por: Assessoria Cipem