O Conselho de Desenvolvimento Industrial (Codir) e Regional da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) realizou a primeira reunião da Câmara Temática da Cadeia do Algodão. Especialistas, produtores, representantes governamentais discutiram as perspectivas do desenvolvimento da cadeia do algodão no estado.

O grupo foi criado para discutir ações e estratégias que resultem na expansão do setor, principalmente no segmento industrial. Uma das pautas, foi a visita feita por representantes do Sistema Fiemt e do Sindicato das Indústrias do Vestuário, Têxteis, Fiação e Tecelagem (Sinvest MT) na sede do Grupo Santista, no interior de São Paulo.

A empresa, com quase um século de história, é um dos principais players na indústria têxtil brasileira e utiliza 95% do algodão produzido em Mato Grosso em sua linha de produção para a fabricação de jeans e uniformes de alta durabilidade e resistência.

Também foi debatida a possibilidade de expansão da produção de algodão no estado, que é uma parte significativa da economia do estado, sendo um dos maiores produtores de algodão do Brasil. “Esse crescimento é importante para garantir o abastecimento interno e externo. Porém, precisamos fomentar a industrialização no estado, agregando valor a produção e gerando renda para a economia local”, pontuou o presidente da Câmara, Sérgio Antunes.

A produção de algodão de Mato Grosso é estimada em 2,5 milhões de toneladas, em 1,4 milhão de hectares, na safra 2023/2024. Esse volume representa quase 70% da produção nacional, com participação de 10% do algodão produzido mundialmente, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Cerca de 73,9% dessa produção é exportada, 24,8% vendida para outros estados e apenas 1,3% é consumida internamente.

Texto e fotos: Vívian Lessa

Sistema Fiemt, Sinvest e Sedec visitam unidades da indústria Santista, em São Paulo