Presidente do Sindomóvel MT destaca importância da sustentabilidade e alerta para a competitividade global no setor moveleiro
O diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Mato Grosso (Sindimóvel MT), Ayres dos Santos, participa nesta sexta-feira (14/06), no Rio de Janeiro, do primeiro Encontro Internacional da Indústria de Colchões. O evento reúne mais de 200 líderes do setor colchoeiro de todo o mundo, sendo organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol).
Sob o tema “O Futuro Sustentável dos Colchões”, o encontro segue até sábado e vai explorar e moldar o caminho para um futuro mais verde e sustentável na indústria colchoeira, principalmente em um momento em que o Brasil discute o perigo da desindustrialização. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participou da abertura.
Na avaliação do industrial, o evento está trazendo importantes reflexões sobre a necessidade de investimentos em sustentabilidade e a crescente competitividade global no setor moveleiro.
“Essa edição está sendo marcada por um forte foco em sustentabilidade, com palestras e lançamentos de produtos renováveis. É notável a preocupação com o ESG [meio ambiente, governança e responsabilidade social] em todos os países participantes, como Turquia e Estados Unidos”, afirma Ayres dos Santos.
O I Encontro Internacional da Indústria de Colchões quer fortalecer conexões, criar oportunidades de negócios e contribuir para o desenvolvimento da indústria de colchões por meio de conteúdo relevante para a atualidade do setor, explorando as diversas realidades de diferentes partes do mundo.
“Estão sendo apresentadas soluções inovadoras para substituir a espuma, utilizando materiais reciclados que podem ser aplicados em hospitais, como camas, cadeiras de roda e colchões para berço. É uma tendência promissora que precisamos acompanhar de perto.”
No entanto, o diretor da Fiemt também chama atenção para os desafios que o mercado nacional enfrenta. “A Bicol nos mostrou que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer em termos de competitividade. Colchões considerados top de linha aqui são vendidos por preços bem mais baixos em outros países. Se não nos aperfeiçoarmos e investirmos em inovações, a concorrência internacional pode afetar seriamente o setor moveleiro brasileiro”, alerta Ayres.
Outro ponto crucial levantado por Ayres é a questão da logística reversa e o descarte responsável de colchões. “Na Europa, o consumidor paga uma taxa que garante o tratamento adequado dos colchões ao final de sua vida útil. O governo utiliza esses materiais para gerar energia, criando um ciclo circular e sustentável. Precisamos implementar medidas semelhantes no Brasil para incentivar a responsabilidade ambiental e a circularidade na indústria moveleira”, conclui.
Representando a Fiemt, o diretor destacou o compromisso da entidade em promover a sustentabilidade e a competitividade do setor moveleiro em Mato Grosso.
Texto: Eduardo Cardoso