Autoridades destacam desafios e potencial do setor elétrico em MT durante posse da nova diretoria do Sindenergia MT - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

Autoridades destacam desafios e potencial do setor elétrico em MT durante posse da nova diretoria do Sindenergia MT

29/11/2024 - 15h53

Autoridades destacam desafios e potencial do setor elétrico em MT durante posse da nova diretoria do Sindenergia MT

Sindenergia
Carlos Coelho Garcia é o novo presidente do Sindenergia MT

A nova diretoria do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia MT), triênio 2025/2027 tomou posse na noite de quinta-feira (28), em solenidade realizada no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt). O evento, que marcou um novo momento para o setor elétrico do estado que cobra mudanças no atual modelo, reuniu autoridades, empresários e lideranças políticas que destacaram a importância do sindicato e os desafios para o futuro energético de Mato Grosso.

Estiveram presentes o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, a deputada federal Gisela Simona e os deputados estaduais Carlos Avalone e Júlio Campos.

Durante o discurso de posse, o novo presidente Carlos Coelho Garcia destacou o trabalho que a entidade vem fazendo para melhorar a qualidade da energia que chega até as indústrias. “Estamos propondo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) um modelo de setor elétrico que considere as especificidades de cada região. Mato Grosso cresce acima da média nacional e é do tamanho de um país, por isso a infraestrutura elétrica no modelo atual não consegue acompanhar o desenvolvimento do estado, problema que afeta diretamente o crescimento da indústria mato-grossense. Encontrar uma solução para este problema é um desafio da nossa gestão”, pontuou o residente.

Ele também chamou a atenção para o alto custo das usinas térmicas, os quais são acionadas devido à diminuição de oferta de energia proveniente de hidrelétricas nos últimos anos. “O custo desta energia é o do dobro da que é produzida em PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) e esse custo vai diretamente para o consumidor, através da cobrança das bandeiras tarifárias, diminuindo a competitividade da indústria. Precisamos de um modelo que priorize as fontes mais baratas e eficiente”, frisou.

O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, destacou que a missão do novo presidente do Sindenergia MT é a de levar energia segura para que Mato Grosso desenvolva o seu parque industrial.

“O desafio energético do estado de Mato Grosso vem de longa data. Mesmo de todos os nossos recursos naturais, sofremos com falta de energia, problema enfrentado por muitos governadores. Apesar de a gente ter, hoje, geração de energia, a gente ainda não tem infraestrutura necessária para fazer com que a energia chegue seguramente para as nossas indústrias”, avaliou.

O novo presidente destacou o papel estratégico do setor elétrico brasileiro, que possui a matriz energética mais limpa do planeta, com mais de 80% da geração proveniente de fontes renováveis, sendo a hidráulica responsável por cerca de 65%. Apesar do cenário nacional favorável, Mato Grosso, com um dos maiores potenciais hidrelétricos do país, ainda explora apenas 10% desse recurso.

“Somos um estado com vocação natural para as hidrelétricas. Temos condições geográficas únicas, como o Aquífero Guarani e rochas que favorecem a retenção hídrica, possibilitando a construção das usinas mais eficientes do mundo. No entanto, enfrentamos desafios impostos por um modelo ultrapassado do setor elétrico, que não aproveita suas potencialidades para impulsionar nosso desenvolvimento”, afirmou Garcia.

Ainda segundo o presidente do Sindenergia MT, as PCHs podem ser protagonistas na geração de energia limpa e na criação de empregos em Mato Grosso, mas são subutilizadas devido à ausência de políticas públicas que favoreçam o seu desenvolvimento.

A posse também foi marcada por homenagens ao novo presidente e à sua família, que tem uma longa trajetória de serviços prestados ao desenvolvimento do estado. O presidente da Fiemt, Silvio Rangel, destacou o legado de Carlos Garcia como continuidade de um trabalho que atravessa gerações. “Carlos assume essa responsabilidade com a marca de uma família que já contribuiu imensamente para Mato Grosso. É uma liderança que une experiência e visão estratégica. Conte com o sistema Fiemt como parceiro para enfrentar os desafios do setor elétrico”, afirmou Rangel ao lembrar que o pai do novo presidente, Carlos Antônio Garcia, o Catonho, presidiu a Fiemt de 1994 a 2000.

O deputado estadual e ex-governador de Mato Grosso, Júlio Campos, destacou a importância das PCHs para o abastecimento de regiões remotas e defendeu uma mobilização junto à Aneel para revisar o modelo atual. “A base da nossa matriz energética é a hidrelétrica. Temos o que o mundo inteiro gostaria de ter e exploramos muito mal. Precisamos corrigir essa injustiça, especialmente para atender às demandas de regiões distantes, como Colniza, que poderiam ser abastecidas por PCHs próximas”, enfatizou Campos.

O deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) comemorou o discurso do colega de parlamento, Julio Campos, sobre a possibilidade da criação de uma frente para tratar sobre as PCHs, na Assembleia Legislativa. “O setor elétrico é muito mal-entendido, e algumas pessoas, por desconhecimento, lutam contra, como se a energia limpa de uma PCH, de uma hidrelétrica, estivesse causando mal”.

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Nova diretoria foi empossada na sede da Fiemt

A deputada federal Gisela Simona destacou que a energia é um pilar para o crescimento econômico e industrial. “Mato Grosso tem uma riqueza energética que ainda está subutilizada. É fundamental garantirmos energia de qualidade, com preço justo, para que possamos continuar crescendo e nos tornando referência no Brasil e no mundo”, disse.

Confira a nova diretoria empossada

Presidente
Carlos Coelho Garcia
1º Vice-Presidente
Tiago Vianna de Arruda
2º Vice-Presidente
Osvaldo Cherobino Gori

Diretor Administrativo
Pedro Geraldo Siviero

Diretor Financeiro
Luiz Henrique Maia

Conselho Fiscal
João Garcia
Maurício Morbeck Curvo
Rafael Clério dos Santos
Agnelo Bezerra Bonfim
Ronaldo Camargos de Vasconcelos
Altamiro Alves Batista

Diretoriais setoriais


Diretor de Gás, Biometano e Biomassa
Fábio Tales Bindemann

Diretores de Geração Hídrica
Eduardo Leite de Barros Oliveira
Livio Costa Recedive

Diretores de Geração Solar
Tiago Vianna de Arruda
Edem James de Campos Oliveira

Diretores de Inovação e Hidrogênio verde
Francisco Nelson Costa Tinoco
Dimas Alexandre Yamanaka

Diretores de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Roberto Juliano Serra
Fabio de Castro e Souza

Diretor de Mercado Livre e Comercialização
Gabriel Nogueira Duarte
Jose Adrião da Silva

Diretoresde Regulação
Rubens Araújo
Luiz Carlos Moreira Junior

Diretor de Relações Institucionais
Osvaldo Cherobino Gori
Valdeir dos Santos Casanova

Diretor de Transição Energética e Infraestrutura
Carlos Alberto da Rocha
Air Bom Despacho e Silva

Conselho de Representantes junto a Fiemt
Eduardo Leite de Barros Oliveira
Carlos Alberto da Rocha
Conselho de Representantes junto a Fiemt - Suplentes
José Antônio de Mesquita
Air Bom Despacho e Silva

Texto: Assessoria Sindenergia

 

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