Conselho Temático de Relações do Trabalho da Fiemt e INSS dialogam sobre inserção de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho

das indústrias
A inserção de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho foi tema discutido na 2ª reunião ordinária do Conselho Temático de Relações do Trabalho (CRT) da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Participaram da reunião representantes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), visando encontrar caminhos que minimizem as dificuldades de preencher as vagas destinadas a PCDs dentro das indústrias.
Dados apresentados pelo Observatório de Mato Grosso do Sistema Fiemt durante a reunião mostraram que, em 2023, do saldo de 10 mil empregados PCDs, cerca de 2,5 mil ficaram na indústria.
O presidente do CRT, Claudio Ottaiano, destacou a necessidade de dialogar sobre os desafios e oportunidades que cercam a empregabilidade dessa parcela da população. “Atualmente, uma das principais dores da indústria mato-grossense é a falta de força de trabalho qualificada. Há mais vagas do que trabalhadores disponíveis. Precisamos encontrar caminhos para estimular as contratações em todos os setores”, pontuou.
O gerente executivo do INSS, Odair Egues, explicou nuances cruciais sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o auxílio-inclusão, dois instrumentos que podem amparar as PCDs em sua jornada profissional. “A suspensão temporária do BPC em virtude da contratação formal pode estimular a autonomia financeira das pessoas com deficiência, permitindo-lhes acesso ao mercado de trabalho sem a preocupação de perder o suporte financeiro momentâneo”.
Além disso, ressaltou que indivíduos com deficiência que consigam um emprego com remuneração de até dois salários-mínimos podem ser elegíveis ao auxílio-inclusão. “Este programa oferece um pagamento de meio salário-mínimo, que pode ser uma valiosa ajuda para garantir uma transição tranquila para a vida profissional, sem comprometer a segurança financeira inicial”, pontuou.
Texto e foto: Vívian Lessa