Especialistas defendem uso do biometano para transição energética matriz energética de MT - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

Especialistas defendem uso do biometano para transição energética matriz energética de MT

21/05/2025 - 14h24
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Encontro do Setor Elétrico aponta potencial do gás renovável
na descarbonização da economia

O segundo dia do Encontro da Indústria do Setor Elétrico — 2025, promovido pelo Sindenergia MT nesta quarta-feira (21), em Cuiabá, foi marcado por um debate sobre o papel do biometano na transição energética do Estado. O painel Biometano e inovação — novos caminhos para a transição energética em MT reuniu especialistas e lideranças do setor.

Participaram da discussão Silvio Rangel, presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt); Luciane Piovazan, da PlanET Biogás; Jeferson Gomes, diretor de inovação e tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI); e Silla Motta, CEO da Donna Lamparina. A mediação ficou a cargo de Danilo de Souza, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Silvio Rangel abriu o painel ressaltando o potencial de produção do biometano em Mato Grosso. “Temos uma capacidade muito grande de geração, mas faltam regulamentações que incentivem o consumo. A criação de uma ‘linha azul’ ao longo da BR-163, por exemplo, seria estratégica para abastecer máquinas agrícolas”, defendeu.

Luciane Piovazan destacou que a verticalização da produção de biogás e biometano pode transformar os resíduos do agronegócio em novas fontes de renda. “Essa cadeia pode ser explorada por indústrias e produtores, criando negócios sustentáveis e integrados”, afirmou.

Jeferson Gomes chamou atenção para a necessidade de planejamento estratégico e estruturação do mercado. “A discussão sobre o biometano é ampla. Envolve geração, transmissão e distribuição. O desafio está em avaliar a viabilidade dos projetos e consolidar a lógica de mercado para o gás”, disse.

Para Silla Motta, o biometano é uma solução tecnológica relevante na corrida pela descarbonização. “Emite menos gases de efeito estufa que o gás natural e o diesel. E temos potencial para produzir a partir de resíduos industriais, especialmente da cadeia sucroenergética. É uma solução que pode atender desde frotas até consumidores industriais por meio das comercializadoras de energia”, explicou.

Encerrando o painel, o professor Danilo de Souza destacou a necessidade de integrar políticas públicas e industrialização. “Nosso objetivo foi propor caminhos para o Estado desenvolver estratégias centradas no aproveitamento energético dos resíduos”, resumiu.

Duante o debate, os painelistas reforçaram a urgência em ampliar os incentivos para a cadeia do biometano em Mato Grosso. O gás renovável surge como vetor de desenvolvimento sustentável, com capacidade de impulsionar a indústria local e diversificar as soluções oferecidas pelas comercializadoras de energia.

Texto e fotos: Assessoria Sindenergia MT

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