O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 4,3 bilhões em crédito para Mato Grosso entre janeiro e junho de 2025. É o maior volume já registrado para o período desde o início da série histórica, em 1995. O valor representa alta de 7% em relação ao mesmo período de 2024 e de 169% na comparação com 2022.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15), durante o Encontro Nova Indústria Brasil & Linhas de Crédito, promovido pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), por meio do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC/Fiemt).

Líder em produção no agronegócio, Mato Grosso continua alcançando bons resultados na produção industrial, a exemplo da liderança nacional na produção de biodiesel e vice-liderança na produção de etanol. O estado liderou, no Centro-Oeste, o volume de crédito aprovado no âmbito da Nova Indústria Brasil (NIB), política federal de incentivo à modernização e sustentabilidade da indústria. Desde 2023, foram R$ 14,8 bilhões em crédito para o setor industrial, sendo R$ 2,1 bilhões somente no primeiro semestre de 2025.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, a tendência é de crescimento contínuo. “Desde 2023, o volume de crédito para o estado tem sido crescente. Em 2024, o montante aprovado chegou a R$ 16,4 bilhões, um recorde”, afirmou.

Vice-presidente da Fiemt, Edgar Borges ressaltou o papel da instituição no fortalecimento da indústria local. “Nosso objetivo é aproximar o setor produtivo de soluções concretas para modernizar o parque industrial e impulsionar o desenvolvimento”, disse.

Do total aprovado para a indústria no estado, R$ 12,7 bilhões foram destinados ao eixo de produtividade, voltado à compra de máquinas, modernização e expansão da capacidade industrial. Outros R$ 1,5 bilhão foram para o eixo verde, que inclui recursos do Fundo Clima.

O estado também foi líder nacional na aprovação de crédito para biocombustíveis em 2024, com R$ 1,6 bilhão. Entre os projetos financiados estão novas usinas de etanol de milho nas cidades de Porto Alegre do Norte, Querência e Canarana.

Texto: Eduardo Cardoso com assessoria BNDES