O Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad) articula a criação do Parque Industrial das Madeireiras de Sinop. Segundo o presidente, Felipe Antoniolli, cerca de 50 empresas já demonstraram interesse em migrar para o novo polo. A entidade negocia com a prefeitura, loteadores e imobiliárias para viabilizar uma área única e planejada.

As tratativas avançaram, mas ainda há dificuldade para encontrar um terreno que abrigue, de uma só vez, ao menos 50 plantas industriais. A meta é concentrar as fábricas hoje próximas ao centro em um distrito setorial. A mudança reduziria ruído e poeira (pó de serra) em áreas adensadas e facilitaria o manejo de resíduos. “Queremos continuar gerando emprego sem incômodo à vizinhança”, afirma Antoniolli.

O setor de base florestal é extremamente relevante para a indústria e economia de Mato Grosso. Em 2024, respondeu por 12.712 empregos formais — 9,8% do total da indústria de transformação do estado, conforme o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem).

Nas exportações, Mato Grosso figura entre os maiores do país: no 1º trimestre de 2024, embarcou 16,6 mil toneladas de produtos madeireiros e faturou US$ 18,3 milhões, ocupando a 4ª posição nacional, segundo o Observatório de Mato Grosso do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt).

Sinop, sede do sindicato, consolidou-se como polo do segmento. A economia local tem forte participação da cadeia madeireira, com concentração de serrarias e fornecimento para os ramos moveleiro e da construção civil. A criação do parque tende a ampliar competitividade, organizar a expansão e melhorar a convivência urbana.

Representatividade

Com atuação em 29 municípios do Norte de Mato Grosso e cerca de 200 empresas associadas, o Sindusmad é o maior sindicato industrial do setor de base florestal do país. Com 40 anos de história, integra o quadro dos 37 sindicatos filiados à Fiemt.

Texto: Eduardo Cardoso