Expoind MT 2025: Painel destaca caminhos para avançar da base à maturidade digital na Indústria 4.0 - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso

Expoind MT 2025: Painel destaca caminhos para avançar da base à maturidade digital na Indústria 4.0

05/11/2025 - 18h20
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Henrique trouxe exemplos práticos de como a digitalização
gera resultados no setor industrial

O terceiro painel desta quarta-feira (05) na Expoind MT 2025 discutiu o tema “Da base à maturidade digital: o caminho para a Indústria 4.0”, reunindo especialistas para abordar desafios e oportunidades da transformação digital. A mediação foi de Edvar Spadette, cofundador da TAGNA, empresa que apoia indústrias em todas as fases da jornada rumo à digitalização.

Logo na abertura, Spadette contextualizou a relevância do tema ao destacar que a Indústria 4.0 não está limitada à adoção de equipamentos e sistemas modernos, mas envolve mudança de mentalidade, integração de processos e uma cultura orientada por dados. “A transformação digital é uma evolução contínua que exige base sólida, planejamento e pessoas preparadas”, reforçou.

Os convidados Felipe Pimentel, engenheiro de Automação e Cibersegurança da Bayer, e Henrique Zahner, coordenador de Projetos do Senai MT, destacaram que muitas empresas ainda operam em estágios iniciais de automação. Isso reforça a importância de compreender o nível de maturidade tecnológica antes de avançar para soluções mais complexas. Segundo Henrique, muitas empresas mato-grossenses ainda operam entre a Indústria 2.0 e 3.0, com desafios básicos de automação. Dessa forma, o Senai tem um papel fundamental para trazerdiagnósticos, planos de transformação e consultorias que ajudam as empresas a definirem o “degrau certo” para evoluir.

Durante o debate, Henrique trouxe exemplos práticos de como a digitalização já tem gerado resultados no setor industrial de Mato Grosso. “Recentemente implantamos um sistema em uma indústria de arroz que reduziu significativamente os custos de energia elétrica. E, quando falamos em digitalização para monitorar OEE, conseguimos acompanhar em tempo real a taxa de produção e entregar informações que ajudam a tomada de decisão. Esses movimentos mostram como pequenas ações já trazem ganhos expressivos”, destacou.

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Especialistas abordaram desafios e oportunidades da
transformação digital

Felipe Pimentel compartilhou ainda a trajetória da Bayer, que se tornou referência global após iniciar sua jornada pela padronização, evoluir para automação e, só então, avançar para soluções de digitalização. O case inclui projetos como Smart Facilities (PDAI) e o MIP de modernização. O engenheirotambém apresentou um case prático, desta vez voltado ao maquinário agrícola, que reduziu o desperdício de sementes a partir da aplicação de tecnologia e padronização de processos. Ele explicou que, inicialmente, havia resistência interna: os colaboradores não confiavam na inovação e mantinham processos manuais por hábito. “A tecnologia só funciona quando as pessoas acreditam nela. A transformação digital começa com mudança de cultura, com todos os envolvidos entendendo o propósito e participando da construção da solução”, afirmou.

O debate também abordou as oportunidades que surgem na fase de maturidade digital, como tomada de decisão em tempo real, redução de perdas, aumento da eficiência energética e ganho de competitividade. Os especialistas reforçaram que sustentar esses resultados no longo prazo exige governança, capacitação contínua e revisão periódica dos indicadores.

Texto: José Pereira

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