Comércio exterior: especialistas mostram caminho para internacionalização de micro e pequenas empresas
A internacionalização deixou de ser um movimento exclusivo de grandes corporações e passou a alcançar também micro e pequenas empresas (MPEs), impulsionada pela tecnologia, por novos modelos de negócio e por oportunidades globais acessíveis. Esse foi o foco da 6ª Reunião Ordinária do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (Compem) da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), realizada nesta quinta-feira (06.11), durante a Expoind MT 2025.
O consultor e diretor comercial Lighthouse Imports, Benjamin Lechuga e o coordenador de Internacionalização da Fiemt, Antônio Lorenzzi, apresentaram como pequenos negócios podem importar e exportar com segurança, planejamento e competitividade.
noções essenciais para importação e exportação
“Importação não é luxo, é estratégia”, disse Benjamin Lechuga, durante a palestra. egundo ele, importar oferece acesso a insumos mais competitivos, produtos de maior qualidade e fornecedores globais, mas exige preparação, planejamento e parceiras técnicas qualificadas. “Não é simples. Exige entendimento das regras e parceiros confiáveis. Mas quando bem estruturada, a importação transforma o negócio”, reforçou.
Lechuga explicou que, ao contrário do senso comum, o comércio exterior não é exclusivo para grandes companhias. Com as ferramentas tecnológicas disponíveis e a ampliação de serviços especializados, micro e pequenas empresas podem iniciar projetos de importação com mais segurança e competitividade.
Já o coordenador de internacionalização da Fiemt apresentou noções essenciais para importação e exportação. Ele destacou a importância de compreender o papel dos órgãos anuentes, a utilização dos sistemas oficiais como o Siscomex, o domínio da documentação exigida e a atuação de agentes como despachantes, agentes de carga e instituições financeiras.
empreendedores, instituições e especialistas
Para Lorenzzi, a internacionalização precisa ser encarada como um processo evolutivo dentro das empresas, que passa pela capacitação da equipe, pela análise de riscos e pela construção de uma cultura voltada ao mercado global. “A empresa precisa se preparar internamente e buscar conhecimento para atuar com segurança”, afirmou.
O presidente do Compem, Ayres Santos, destacou a importância do para preparar pequenos empreendedores para um mercado cada vez mais conectado. “As micro e pequenas empresas têm um papel essencial na economia mato-grossense e brasileira. Nosso compromisso é oferecer conteúdo, orientação e oportunidades para que esses empresários possam olhar além das fronteiras e aproveitar o potencial do comércio internacional.”, afirmou.
O Conselho
O Compem é um fórum estratégico que conecta empreendedores, instituições e especialistas para discutir desafios e oportunidades do setor, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema industrial de pequeno porte em Mato Grosso.
Texto e fotos: Vívian Lessa