16ª SNCTI: Mais de 500 estudantes conhecem Novo Ensino Médio do Sesi Senai
Ao final do 9º ano de escolaridade os alunos terão de escolher o curso e a escola que pretendem frequentar a partir a partir do ano seguinte. Uma tarefa não muito fácil, ainda mais em tempos de transformação do Ensino Médio brasileiro, com a Lei 13.415 que propõe um novo formato para essa fase escolar. Para esclarecer alguns pontos e falar sobre a implantação do Novo Ensino Médio no Sesi Senai, a coordenadora de Educação e Cultura do Sesi MT, Cintia da Silva, ministrou palestra para cerca de 500 estudantes da rede pública estadual, nos dias 23 e 24 de outubro.
A programação integrou a 16ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), realizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), no Centro de Eventos do Senai Cuiabá.
Com o tema ‘Terminei o 9º ano! E e agora?’, a palestrante falou sobre o pioneirismo da instituição e sobre a organização curricular mais flexível, com a oferta de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - organizada não mais por disciplinas, mas por competências e habilidades. “Elas são divididas em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas”. A BNCC representa 60% da grade, enquanto os outros 40% ficam a cargo dos chamados itinerários formativos.
Cintia contou ainda com o apoio e depoimentos de oito estudantes do 1º ano do Ensino Médio Integrado Sesi Senai Filipe Ferreira Correia, Daniel Vieira Soares, Endriely Lauany Silva, Sophia Alvarenga de Matos (16 anos), da unidade de Cuiabá, e Vinicius Daniel Zagurski Pedreça, 15 anos, Isabela Gaudie, Fabricio Botelho Rodrigues, e Evandro Henrique dos Santos, todos com 16 anos, de Várzea Grande.
Os jovens falaram sobre suas experiências com o novo formato de ensino aprendizagem e um pouco dos resultados alcançados por eles. “Eu era muito tímida e insegura, não conseguiria falar em público. Até mesmo com meus professores eu tinha dificuldades, imagina para uma plateia como esta”, observou Isabela Gaudie, 16 anos.
A estudantes afirmou que ter participado de alguns processos e projetos ofertados e que a ajudaram na evolução da comunicação e no estudo aprendizagem. Ela destacou ainda que tudo o que é novo causa certo estranhamento e que foi difícil adaptação no início. “Com o decorrer dos meses foi fluindo muito bem, porque não se trata daquele método maçante, no qual o professor fica explicando no quadro e o aluno estuda para prova. É um sistema no qual somos protagonistas”.
O colega Evandro Henrique gostou da experiência de falar pela primeira vez para uma plateia tão grande, composta por estudantes. “Pude mostrar o que estou aprendendo e como estou me desenvolvendo na escola. Então, trazer esses conhecimentos para eles, mostrar o que estamos fazendo de novo, é muito bom”.
“Nossa proposta veio para inovar e melhorar a qualidade do ensino. Sobretudo, para melhorar o desempenho dos alunos, criando condições para que eles possam exercer a cidadania e fazer suas escolhas com relação ao seu futuro, de forma mais significativa. Para isso, vemos que o Ensino Médio atual necessariamente precisa de uma reforma”, pontuou.
De acordo com ela, existem muitas dúvidas ainda sobre a nova proposta, mas como o Sesi Senai saiu à frente, sendo pioneiros no eixo técnico profissional, a ideia da palestra foi apresentar essas alternativas. “É uma experiência que vai levar o jovem a exercer o protagonismo juvenil, dar vez e voz, uma aprendizagem significativa para eles, como pessoas e como futuros profissionais”, finalizou.
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